Abuso
Infantil

Abuso Infantil

Falar sobre abuso infantil é um assunto desconfortável para adultos e principalmente para aqueles que já passaram por isso. Entretanto, é um assunto extremamente necessário para que não se perpetue por mais gerações.

Sabemos que o abuso impacta no bem-estar físico, emocional e psicológico das crianças e adolescentes. Então precisamos evitar e proteger quem mais amamos.

Um dos aspectos mais desafiadores e angustiantes do abuso infantil é que os abusadores geralmente são pessoas que a criança conhece e confia. Isso pode incluir várias pessoas dentro dos círculos sociais imediatos e estendidos da criança.

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Podem ser Membros da Família

1. Pais:
Infelizmente, o abuso pode vir daqueles que deveriam fornecer cuidado e proteção. Tanto mães quanto pais podem ser abusadores, usando abuso físico, emocional ou até mesmo sexual para exercer controle ou expressar frustração.

2. Irmãos:
Irmãos mais velhos também podem ser praticar abuso, exercendo poder e controle sobre seus irmãos ou irmãs mais novos. Esse tipo de abuso pode ser físico, emocional ou sexual, e geralmente é complicado pela dinâmica familiar.

3. Tios e tias:
Membros da família estendida, como tios e tias, também podem abusar de suas posições de confiança e autoridade, tendo comportamentos prejudiciais que podem impactar profundamente o bem-estar da criança.

4. Primos:
O abuso de primos, que muitas vezes são vistos como amigos íntimos e companheiros de brincadeira, pode ser particularmente confuso e prejudicial para as crianças, que podem ter dificuldade para entender a dinâmica de tais relacionamentos.

5. Avós:
Embora muitas vezes vistos como cuidadores amorosos, os avós às vezes podem se envolver em comportamentos abusivos, seja por meio de ações diretas ou permitindo ambientes abusivos.

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Adultos de confiança fora da família

6. Babás:
Aquelas encarregadas de cuidar de crianças na ausência dos pais podem, às vezes, tirar vantagem de suas posições, e ter comportamentos abusivos que passam despercebidos devido à ausência dos pais.

7. Amigos da família:
Amigos próximos da família, muitas vezes considerados parte da família, também podem ser abusadores. Sua familiaridade e confiança dentro da família tornam mais fácil para eles explorarem crianças.

8. Professores ou médicos:
Profissionais educacionais e da área de saúde , que estão em posições de autoridade e confiança, às vezes podem abusar de seu poder. Isso pode ocorrer de várias formas, incluindo manipulação emocional, abuso físico ou comportamento sexual inapropriado.

9. Pastores, padres ou líderes religiosos:
Eles são vistos como guias morais e figuras confiáveis, também podem ser abusadores. A autoridade e a reverência que eles comandam podem tornar especialmente difícil para crianças denunciarem abusos, levando a sofrimento prolongado e silêncio.

10. Padrastos e Madrastas:
Eles também podem cometer abuso infantil e infelizmente é bem comum. Seja vigilante e observe as interações da criança com o padrasto ou madrasta. Certifique-se de que eles realmente se importa com a sua filha (o)e não está interessado apenas no relacionamento com você. Nunca permita que eles dê banho na criança sem a sua supervisão para se proteger contra possíveis abusos.

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Quantas pessoas já não foram abusadas por pessoas próximas???

Talvez você tenha sido uma das vítimas ou conhece alguém que foi abusada (o) por alguém que ninguém desconfiava.

Antigamente as famílias escondiam por vergonha, por não acreditar nas vítimas ou simplesmente por falta de conhecimento. Mas vivemos em um mundo mais avançado hoje em dia e é o nosso dever falar sobre esse tema para que os abusos diminuam.

Você já pensou por que a familiaridade aumenta o risco dos abusos?

1. Confiança e acesso:
As crianças são ensinadas a confiar e respeitar os membros da família e adultos próximos, o que pode tornar mais fácil para os monstros obterem acesso e manipulá-las.

2. Aliciamento:
Os abusadores geralmente usam técnicas de aliciamento para ganhar a confiança das crianças e de suas famílias. Este processo pode envolver dar presentes, atenção especial e criar um vínculo que torna difícil para a criança reconhecer o comportamento como abusivo.

3. Sigilo, vergonha e ameaça:
Os abusadores confiam no sigilo, na vergonha e até fazem ameaças para manter o controle sobre suas vítimas. As crianças podem se sentir confusas, culpadas ou com medo de falar com alguém próximo, especialmente se o abusador ameaçou a vida delas e de outros familiares.

Como Socióloga e Especialista em Suporte Familiar, vejo a necessidade de aumentar a conscientização sobre os sinais de abuso e educar as famílias sobre como promover ambientes seguros e respeitosos para as crianças e adolescentes.

Como Reconhecendo os Sinais de Abuso Infantil

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O abuso pode se manifestar de várias formas, incluindo abuso físico, emocional, sexual e negligência. Reconhecer os sinais é o primeiro passo para prevenir e lidar com o abuso:
Abuso físico
Procure hematomas, queimaduras ou fraturas inexplicáveis. As crianças podem parecer assustadas com certas pessoas ou demonstrar medo quando é hora de ir para casa.

Abuso emocional
As crianças podem mostrar sinais de comportamento extremo, ficar mais retraídas, com medo, ansiedade ou agressão. Elas também podem ter atraso no desenvolvimento emocional ou baixa autoestima.

Abuso sexual
Atenção para qualquer comportamento ou conhecimento sexual que não seja apropriado para a idade da criança. Isso pode incluir linguagem explícita, gestos ou ações que estão além do seu estágio de desenvolvimento.As crianças que foram abusadas sexualmente podem desenvolver um medo intenso ou evitação de algumas pessoas ou lugares específicos. Isso pode ser um sinal de que elas associam essas pessoas ou locais às experiências traumáticas que sofreram.

Indicadores físicos de abuso sexual podem incluir dificuldade para andar ou sentar, dor ou coceira na área genital, hematomas, sangramento ou infecções sexualmente transmissíveis. Esses sinais podem ser consequências diretas do abuso e devem ser levados a sério.

Negligência
Os sinais incluem higiene precária, necessidades médicas não atendidas, fome constante ou falta de supervisão.

Você estabelece limites para os seus filhos?

Estabeleça Limites
Ensinar as crianças sobre limites pessoais é crucial para prevenir o abuso. É essencial incluir esses valores desde cedo, garantindo que as crianças entendam seus direitos e se sintam capacitadas para se proteger:

1. Autonomia corporal:
Eduque as crianças sobre o conceito de autonomia corporal. Explique que seu corpo pertence a elas e que elas têm o direito de dizer não a qualquer toque indesejado, mesmo de familiares ou amigos próximos.

2. Entendendo o toque bom e ruim:
Ajude as crianças a distinguir entre o toque bom (abraços, tapinhas nas costas) e o toque ruim (toques que as deixam desconfortáveis principalmente nas partes intimas). Reforce que elas devem sempre relatar qualquer toque que pareça errado.

3. Adultos seguros:
Crie uma lista de adultos seguros em quem as crianças podem confiar e conversar se se sentirem desconfortáveis. Explique que alguns adultos podem não respeitar seus limites e que não há problema em falar contra eles.

4. Comunicando limites:
Ensine as crianças a comunicar seus limites de forma assertiva. A dramatização de diferentes cenários pode ser uma maneira eficaz de praticar essas habilidades. Como por exemplo o que uma criança pode dizer a um adulto para parar de tocá-la porque isso a deixa desconfortável, e que vai falar para os pais.

5. Segredos e surpresas:
Esclareça a diferença entre segredos e surpresas. Surpresas são eventualmente reveladas e geralmente são sobre algo divertido ou emocionante. Segredos, especialmente aqueles que os fazem se sentir mal ou desconfortáveis, devem ser compartilhados com um adulto de confiança.

Empoderando Sua Família
Como mãe, pai ou responsável, você desempenha um papel fundamental em capacitar sua família para criar ambientes seguros e acolhedores.

Se você não sabe como, aqui estão algumas etapas essenciais para ajudar você a promover uma comunicação aberta, educar as crianças e se equipar com o conhecimento para reconhecer e lidar com o abuso.

Incentive a comunicação aberta

1. Crie um espaço seguro para o diálogo:
Deixe claro para as crianças que elas podem falar com você sobre qualquer coisa sem medo de julgamento ou punição. Incentive conversas regulares sobre o dia deles, seus sentimentos e qualquer preocupação que elas possam ter.

2. Ouça ativamente:
Mostre interesse genuíno no que as crianças estão dizendo. Ouça sem interromper, valide seus sentimentos e responda cuidadosamente às suas preocupações.

3. Modele a comunicação aberta:
Compartilhe seus próprios pensamentos e sentimentos adequadamente com as crianças e adolescentes. Demonstrar abertura e honestidade dá um exemplo positivo e ajuda a construir confiança.

Use livros educacionais

4. Selecione livros apropriados para a idade:
Escolha livros adequados para a idade e o nível de desenvolvimento da criança ou adolescente. Procure aqueles que incluem ilustrações para tornar conceitos complexos mais compreensíveis.

5.Leiam juntos:
Faça da leitura uma atividade compartilhada. Discuta as histórias e ilustrações e incentive as crianças a fazer perguntas e expressar seus pensamentos sobre os tópicos abordados.

6.Discuta sobre mensagens importantes:
Concentre-se nas mensagens dos livros, como reconhecer o toque bom e ruim, entender a autonomia do corpo e saber como buscar ajuda se sentirem desconfortáveis.

Forneça recursos e educação

7.Eduque-se:
Reserve um tempo para aprender sobre os sinais de abuso e como lidar com isso. Existem muitos recursos disponíveis, incluindo livros, cursos on-line e workshops comunitários.

8.Compartilhe conhecimento com seus filhos e crianças ao seu redor.

Use o que você aprendeu para educar. Ensine sobre seus direitos, como estabelecer limites e a importância de falar se algo não parecer certo.

9.Saiba onde buscar ajuda:
Familiarize-se com os recursos locais, como serviços de proteção à criança, linhas diretas e grupos de apoio. Compartilhe para que as pessoas saibam que esses recursos existem e como acessá-los, se necessário.

Ao tomar essas medidas, você pode capacitar sua família a criar um ambiente seguro e de apoio. Comunicação aberta, educação por meio de livros e uma compreensão completa do abuso e seus sinais são elementos cruciais para proteger seus filhos e promover uma sensação de segurança e bem-estar em sua casa.

Baixe o PDF "10 sinais de abuso infantil"

E-mail(obrigatório)
O que fazer se você acha que sua filha (o) está sofrendo abuso?
Se você suspeita que sua filha (o) está sofrendo qualquer tipo de abuso, é essencial tomar medidas imediatas para dar apoio e proteção.

1. Ouça sem julgamento

Crie um espaço seguro: deixe a criança saber que ela pode falar com você sobre qualquer coisa. Ouça com calma e sem julgamento ou interrupção.

Valide seus sentimentos: Tente tranquilizar a criança que não há problema em se sentir chateada ou assustada e que ela não tem culpa pelo que está acontecendo.

2. Fale com alguém em quem você confia
Procure apoio: confie em uma amiga, um familiar ou profissional de confiança. Compartilhar suas preocupações pode fornecer suporte emocional e perspectivas adicionais.

Mantenha a confidencialidade: certifique-se de que a pessoa com quem você vai falar entende a sensibilidade da situação e irá manter sigilo.

3. Procure ajuda profissional para você
Aconselhamento e suporte: considere falar com um terapeuta ou conselheiro para te ajudar a lidar com a situação e fornecer orientação sobre a melhor forma de apoiar sua filha (o).

Eduque-se: aprenda sobre os sinais de abuso e maneiras eficazes de responder. O conhecimento pode te capacitar a tomar melhores decisões.

4. Procure ajuda profissional para sua filha (o)
Terapia e aconselhamento: providencie para que sua filha (o) consulte um terapeuta qualificado, especializado em lidar com abuso. A ajuda profissional é crucial para sua cura e recuperação.

Atenção médica: se houver qualquer sinal físico de abuso, procure atendimento médico imediato para tratar qualquer ferimento e documentar evidências.

5. Proteja a sua criança
Remova a criança desse ambiente: faça com que a criança não seja mais exposta a situações de abuso ou de possíveis abusadores. Crie um ambiente seguro onde ela se sinta segura e protegida.

Planos de segurança: desenvolva um plano de segurança com a criança para ajudá-la se sentir mais segura. Isso pode incluir a identificação de lugares seguros para ir e adultos confiáveis ​​para entrar em contato.

6. Chame a atenção das autoridades (se você decidir)
Denuncie o abuso: se você decidir que é do melhor interesse da criança , denuncie o abuso aos serviços de proteção à criança ou à polícia. Eles podem investigar e tomar as medidas necessárias para proteger sua filha (o).

Documente tudo: mantenha registros detalhados de qualquer sinal de abuso, declarações da criança e qualquer ação que você tomar. Esta documentação pode ser útil se você decidir envolver as autoridades.

Onde denunciar no Brasil
Polícia Militar

  190
Usado para situações em que uma criança esteja em perigo imediato.

SAMU
  192
Usado para assistência médica urgente.

Conselho Tutelar:
Presente em todas as cidades, esses conselhos investigam denúncias visitando a casa da criança. Eles podem envolver a polícia e iniciar uma investigação, se necessário.

Delegacias Especializadas na sua cidade
Procure delegacias que se concentram em ajudar crianças ou mulheres.
- Qualquer Delegacia também podem receber denúncias.

Disque 100: Uma linha direta para denunciar violações de direitos humanos. As denúncias são anônimas e podem ser feitas por qualquer pessoa.

Onde denunciar nos EUA
Serviços de Proteção Infantil
Você suspeita de abuso ou maus-tratos?

Denuncie agora!

Ligue para nosso número de telefone gratuito em todo o estado de NY.

   ocfs.ny.gov/main
  (800) 342-3720

New Jersey
Linha Direta de Abuso Infantil de Nova Jersey

  (877) 652-2873
   nj.gov/dcf/reporting/hotline
A APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) oferece suporte e informações sobre violência doméstica e outras formas de violência.

Connecticut
Departamento de Crianças e Famílias de Connecticut

  (800) 842-2288
  portal.ct.gov/DCF/1-DCF/Reporting-Child-Abuse-and-Neglect

A linha direta 1522 é um serviço gratuito disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, que oferece apoio e informações para vítimas de violência e stalking.

Massachusetts
Departamento de Crianças e Famílias de Massachusetts

  (800) 792-5200
  mass.gov/locations/dcf-berkshire-area-office

Flórida
Linha Direta de Abuso da Flórida

  (800) 962-2873
  myflfamilies.com/services/abuse/abuse-hotline

7. Confie no seu julgamento
Você conhece sua criança: confie em seus instintos e conhecimento sobre sua filha (o). Você está na melhor posição para decidir quais ações são mais apropriadas para a situação da sua família.

Avalie a situação: considere todos os fatores, incluindo a segurança da criança, o bem-estar emocional e o impacto potencial de cada ação. Tome decisões que priorizem os melhores interesses dela.

Espero que tenha te ajudado a pensar mais sobre o assunto e que você tome as medidas necessárias para que o abuso não aconteça no seu lar.
Lembre-se, você não está sozinha (o) — há recursos e profissionais disponíveis para ajudar você em cada passo do caminho.

Baixe o Workbook "A vida depois do Trauma & Abuso"

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